CH Carvalhos 4 CI Sagres 7
Terminou com derrota caseira, o ultimo jogo desta competição
para a equipa dos Carvalhos. Existia ainda um motivo extra para esta competição
− a presença na final distrital, mas para isso ser possível apenas um resultado
serviria, a vitoria.
Para quem apenas tinha uma alternativa caso pretendesse
estar nessa final, a equipa dos Carvalhos entrou em pista muito passiva e com
um jogo demasiado lento favorecendo assim o adversário em todos os aspectos,
até porque, para o Infante, o empate servia para manter o primeiro lugar e
tendo em conta a diminuta equipa disponível, o melhor seria o jogo ter uma
toada calma sem grandes correrias para assim serem capazes de aguentar os 50
minutos do jogo.
Até nesse aspecto o treinador da casa não foi perspicaz,
pois escalonou a equipa durante a maioria do seu tempo favorecendo sempre o
adversário, nunca tirou partido desse aspecto pelo contrário, facilitou e muito
a vida ao treinador visitante, pois do pouco que mexeu na equipa foi sempre
retirando um elemento cansado para meter um exausto, − note-se que o Infante em
todo o jogo não efectuou nenhuma substituição, apenas esteve em pista um
jogador diferente do cinco inicial 25 segundos que foi o tempo que teve que
cumpri do azul.
Este jogo foi esclarecedor em toda a linha das lacunas da
equipa e da estrutura que a rege, défice físico originado pela fraca qualidade
dos treinos, défice motivacional pois o grupo não transpira alegria nem grande
espírito de equipa e algum desinteresse de quem a orienta, pois é notório que a
sua equipa não é a dos Sub 20, o que origina falta de ligação entre todos.
A somar a tudo isto, ficou
também visível a ausência de avançados nesta equipa, assim como a ausência de
soluções trabalhadas no dia a dia para colmatar essa lacuna, pois a equipa dos
Carvalhos não foi capaz de apresentar soluções para ultrapassar a defesa do
Infante que esteve na maioria das vezes compacta e bem posicionada, defendendo
o empate que trazia e lhes serviria, espreitando sempre a possibilidade de
marcar para consolidar a posição no jogo, conseguindo esse golo iria por ainda mais
intranquila a equipa da casa.
As melhores situações de golo foram da equipa visitante que
neste primeiro tempo aproveitando a passividade da equipa da casa e mantendo
ainda alguma frescura física geria o desenrolar do jogo da forma que mais lhe
convinha. Não foi por isso de estranhar que o primeiro golo pertencesse aos
visitantes, depois de algumas situações desperdiçadas ele surge depois dos
jogadores da casa não terem sido lestes a retirar a bola da sua área, permitindo
que o jogador do Infante rodasse e fizesse um golo de belo efeito no meio de
dois atletas dos Carvalhos, quando o cronómetro assinalava onze minutos e meio
para o fim do primeiro tempo.
Estava mais difícil a vida agora para os Carvalhos, e depois
deste golo a reacção não foi muito intensa tudo continuava na mesma toada.
Já o Infante no seu jogo característico geria a posse de
bola e aproveitando os espaços consentidos pela equipa da casa criava situações
perigosas onde poderia ter ampliado o marcador, situação que viria a ser
concretizada em mais uma jogada rápida com colocação da bola ao segundo poste
onde surge isolado o jogador do Infante não desperdiçando a oportunidade para
ampliar para dois a zero.
Tudo estava cada vez mais difícil, no entanto mesmo a terminar, os
Carvalhos poderiam ter reduzido a diferença pois dispuseram de um livre directo
em virtude do azul visto pelo jogador do Infante, faltavam 48 segundo para o
intervalo, mas o marcador não conseguiu ultrapassar o redes visitante e tudo
continuou na mesma (no Placar), nos poucos segundos que faltavam até ao
intervalo os Carvalhos mesmo em superioridade numérica não conseguiram
concretizar.
O segundo tempo iniciou-se ainda com a vantagem numérica
favorável à equipa da casa que aproveitou e fez o seu primeiro golo num remate
colocado. De novo em igualdade numérica, e com a diferença mínima poderíamos
pensar que era um incentivo para a equipa dos Carvalhos, só que dois minutos
depois o Infante volta a repor a diferença em dois golos, na conversão de um
livre directo. Os Carvalhos voltavam a estar em maus lençóis, necessitava
novamente de mais dois golos para empatar a partida e depois pensar em
conseguir outro golo que lhes permitisse passar para a frente, o segundo golo
surge cinco minutos depois de ter sofrido o terceiro golo, novamente pelo
jogador que se mostrava mais inconformado, só que, para alem desta equipa não
ter avançados também denota alguma fragilidade defensiva e essa fragilidade
permitiu que o Infante voltasse a marcar, registava o cronometro onze minutos
para o fim da partida. Este golo quase que gelou o grupo, pois fisicamente
estavam de rastos, animicamente não estava melhor, para piorar surge o quinto
golo do Infante a sete minutos do fim.
Só restava aos jogadores dos Carvalhos lutarem até ao
apito final pois a vitoria estaria difícil de conseguir, ainda viveram uns
minutos de sonho quando conseguiram dois golos em dez segundos, faltava
três minutos para o fim, mas o Infante estava mais forte e beneficiou da décima
falta dos Carvalhos, na marcação do livre directo voltar a repor a
diferença em dois golos e já no cair do pano (a oito segundos do apito) o
Infante fecha o marcador fazendo o seu sétimo golo.
Resultado justo para a equipa que teve a melhor estratégia
para o jogo e a pôs em pista, parabéns pelo primeiro lugar e consequentemente
pelo apuramento para a final distrital, para os Carvalhos, aos jogadores os
parabéns pela forma como dentro das suas possibilidades lutam por um resultado
diferente nunca virando a cara, mas aos responsáveis, esses não escapam às
criticas, e se querem que este grupo de sub 20 chegue mais longe na prova que
terá inicio em breve “o Nacional” devem ter em atenção as condições que lhes
dão para treinar e assim aperfeiçoarem todos os aspectos do jogo, caso
contrario, a equipa ira ter uma prestação muito abaixo do que sabe e é capaz de
fazer e já demonstrou em outros jogos e outras épocas, pois desta vez não são
apurados os quatro, mas sim apenas os 2 primeiros num grupo de 6.
Faltas: 11-6
Arbitro: Paulo Santos, uma boa actuação.
Marcha do marcador:
1º Tempo: 0-1; 0-2
2º Tempo: 1-2; 1-3; 2-3; 2-4; 2-5; 3-5; 4-5; 4-6; 4-7
CHC cinco inicial: Rui Gomez (Gr7), Diogo Carvalho (Cp), Riu
Mendes (1), Américo (2) e Rui Silva
Jogaram ainda: Diogo Gonçalves (1) e Edgar Lopes
Jogador não utilizado: Heitor Vale, Rafa e Zé Mingos (GR)
Treinador: Hugo Meneses
Seccionista: Nelson,
Assistência: Uma boa casa, 188
adeptos assistiram ao jogo.
AL
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